domingo, 4 de março de 2012

Pioneirismo do empresário Luizinho Girão fortalece pecuária leiteira no Ceará

                                                      (Foto: Diário do Nordeste)
As vacas criadas em perímetro irrigado estão produzindo mais leite do que nas áreas não irrigadas. Essa revelação é consequência de um projeto inovador no Ceará, de novidade até no nome: pecuária irrigada. No Perímetro Irrigado de Tabuleiros de Russas, a pecuária leiteira intensiva e semi-intensiva está projetando uma área de 600 hectares para a produção de leite. Os 10% deste espaço já produzidos hoje dão a noção de que pode ser esse o caminho a percorrer. Essa inovação representa mais uma forma de otimização dos recursos hídricos, que não são poucos, alocados para os perímetros irrigados por meio do açude Castanhão.

A irrigação dos pastos resolveu o problema da dependência de chuvas. Animados, os pecuaristas - notadamente produtores de leite - já projetam um futuro próximo, com 200 mil hectares de pasto irrigáveis.

O pastejo rotacionado irrigado é aplicado em mais de 5 mil hectares e representa 25% da produção de leite ofertado no Ceará, que já desponta no ramo de laticínios. Em 2011, a empresa Danone investiu R$ 60 milhões para reativar uma fábrica no Município de Maracanaú.

Em Limoeiro do Norte, a fazenda Flor da Serra, por sua vez, da empresa Betânia, garante a compra de leite dos produtores associados e um lucro de 30%, o que estimula o aumento na produção de leite.

Rentabilidade

De acordo com um levantamento realizado pela Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado do Cerá (Adece), a produção leiteira em áreas irrigáveis é tão rentável que pode vir a resultar em mais lucros do que com a produção de frutas.

Conforme o estudo, a implantação de um módulo de oito hectares - suficiente para 100 vacas e que requer investimento de R$ 279 mil - pode gerar uma receita anual de R$ 51,9 milhões. Pecuaristas de Minas Gerais e São Paulo já compraram lotes no Perímetro Irrigado Tabuleiros de Russas. É o caso da empresa Vale do Castanhão, de São Paulo, que está investindo mais de R$ 2 milhões em 50 hectares para a criação de 350 vacas.

O empresário Luizinho Girão foi o pioneiro na utilização de perímetros irrigados do Dnocs para a produção de leite. A Fazenda Flor da Serra tem 200 hectares irrigados com quatro pivôs, três mil animais - quase a metade em lactação -, currais, ordenhas mecânicas, inseminação artificial e garantia de leite com preço que gera 30% de lucro para os produtores parceiros que vendem o leite à Betânia. Entre 2000 e 2010, a produção de leite no Brasil aumentou de 2,2 bilhões de litros para 4 bilhões.

(Com informações de matéria publicada no jornal Diário do Nordeste/adaptação Blog do Chico Almir)

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