Bispo benfeitor de Quixadá, dom Adélio Tomasin, inaugura, hoje, mais um equipamento social na cidade
O complexo terá capacidade para acolher preliminarmente 20 homens e 20 mulheres, com idade mínima de 60 anos. Apesar de possuir dormitórios, funcionará como semi-internato de assistência social e não à saúde. As atividades diárias começam às 7h e terminam às 17h30. No período, além de assistência médica primária, psicológica e social, o grupo poderá participar de diversas atividades recreativas. Uma equipe de 15 profissionais se encarregará da programação. Os semi-internos receberão refeições.
Os valores no investimento não foram revelados, mas a fisioterapeuta pedagoga Tereza Aquino, uma das coordenadoras do Remanso da Paz, informou que os oito lotes transformados no Remanso foram doados pela senhora Isis Gomes. Quanto à manutenção da Casa de Acolhida, incluindo as refeições diárias para idosos, os recursos serão captados por meio de doações nacionais e estrangeiras e de projetos sociais desenvolvidos em parceria com os governos do Estado e Federal. Por enquanto, os profissionais da saúde, cozinheiras e auxiliares de serviços são voluntários.
Dança, canto, música, artesanato, leitura, os acolhidos terão dias cheios de atividades. Uma horta também será cultivada por eles. O objetivo, segundo dom Adélio Tomasin, é promover a melhoria da qualidade de vida dos idosos. Também foi a forma encontrada por ele de reconhecer o muito que fizeram pelo progresso da cidade quando eram trabalhadores. Embora não esteja mais à frente da Diocese, pretende continuar ajudando os carentes de Quixadá.
A iniciativa põe um ponto final nas especulações sobre a possível partida de dom Adélio para a Itália, sua terra natal. Os boatos surgiram quando o missionário católico foi obrigado a entregar a direção da Faculdade Católica ao atual bispo da Diocese de Quixadá, dom Angelo Pignoli. Além de presidir a Casa de Acolhida, dom Adélio escolheu o local como residência. Hoje com 81 anos, pretende passar o resto de seus dias na "Terra dos Monólitos". Ainda muito disposto, vai dividir o seu tempo entre as aulas de Teologia na Faculdade Católica, da qual foi chanceler e a Casa de Acolhida.
A habilidade de dom Adélio em captar recursos para investimentos sociais e o conjunto dessas obras em prol dos mais necessitados lhe renderam uma Sereia de Ouro. Italiano de berço e brasileiro por opção, ele recebeu em 2005 a comenda outorgada pelo Sistema Verdes Mares.
Além da construção da Faculdade Católica, considerada o seu maior empreendimento social, responsável pela aceleração do desenvolvimento econômico de Quixadá. A nova Maternidade Jesus Maria José, reconhecida pela Unicef como Hospital Amigo da Criança, e o Santuário de Nossa Senhora Imaculada Rainha do Sertão foram erguidos por ele.
"Bispo operário"
Além das estruturas sociais e religiosas erguidas pelo "bispo operário", como é conhecido por muitos, foi ele quem trouxe para Quixadá a Comunidade Rainha da Paz, onde funciona uma creche e uma escola, atendendo mais de 500 crianças. Outro problema social, o vício, foi lembrado por ele. Dom Adélio convenceu os fundadores da Comunidade Novos Horizontes, abrigo para tratamento de dependentes químicos, a implantar uma unidade nesta cidade. Comemoram com dom Adélio mais uma de suas empreitadas sociais e religiosas.
Fonte: Diário do Nordeste
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