Febre Aftosa: SDA notifica 36.622 pecuaristas

O combate à febre aftosa no Estado está intenso. Os 36.622 proprietários de bovinos do Ceará que, nos últimos três anos, deixaram de vacinar seu rebanho em alguma das etapas da campanha de vacinação, realizada pela Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA) do Estado, foram notificados e têm até 31 de março para provar que os animais estão vacinados ou não.

De acordo com o titular da SDA, Nelson Martins, na última terça-feira, todos os secretários de Agricultura do Brasil se reuniram com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Brasília.

Trabalho
"A determinação é de que os Estados continuem trabalhando para combater a doença. Fizemos a notificação de todos, sem exceção, e pedimos para que eles compareçam até o fim do mês nos escritórios regionais da Ematerce ou Adagri. Se o produtor mostrar que vacinou, o problema está resolvido", disse ele. Caso ainda não tenha vacinado, o secretário informou que será feita uma vacinação assistida, às custas do proprietário, com técnicos da Adagri, junto aos donos do rebanho.

"A vacinação terá que ser o mais rápido possível. Assim, vamos poder atualizar todo o cadastro do Estado", afirmou Nelson Martins. Ele ainda informou que a primeira etapa da campanha de vacinação deste ano começa no próximo dia 1º de maio. O local do lançamento ainda não foi definido.

Mudança de classificação
Todo esse trabalho é com o objetivo de melhorar cada vez mais o rebanho do Estado e fazer com que o Ceará mude de classificação de zona de risco médio da doença e consiga ser zona livre de aftosa com ou sem vacinação. A febre aftosa é uma doença altamente contagiosa que infecta todos os animais de casco fendido. Aparece rapidamente em populações susceptíveis por meio de várias formas de transmissão. O agente etiológico é um vírus da família picornaviridae, gênero aphthovírus.

Projeto São José
Outro trabalho realizado pelo Governo do Estado é Projeto São José que realiza, entre outros projetos, abastecimento de água e trator.

Nelson Martins informou que o Projeto São José, que contava com financiamento do Banco Mundial, foi concluído em junho de 2009. "De lá para cá, os projetos realizados têm recebido os recursos somente do Governo do Estado, vindos do Fecop e Tesouro estadual".

Uma nova parceria com o Banco Mundial está sendo realizada para o Projeto São José III. "Esperamos assinar o contrato do São José III em novembro de 2011. O Banco Mundial vai participar com US$ 200 milhões com contrapartida de US$ 100 milhões do Estado".