terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Presidente da CNA comemora redução do desmatamento no País e pede aprovação do Novo Código Florestal

A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, comemorou nesta terça-feira (06/12), em discurso no plenário do Senado, a diminuição do desmatamento no País e criticou a postura de muitas Organizações Não Governamentais (ONGs) que, em sua avaliação, trabalham contra os interesses do País, especialmente nas discussões em torno do novo Código Florestal. “O Brasil registrou a menor diminuição do desmatamento nos últimos 23 anos, mas eu não vi nenhuma dessas ONGs parabenizando o Brasil por essa redução ou comemorando esse fato”, afirmou a presidente da CNA, durante sessão na qual deve ser votado o Código Florestal. O PLC 30/2011 tramita em regime de urgência no Senado.

Citando números divulgados ontem (05/12) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a senadora Kátia Abreu lembrou que, há 23 anos, o desmatamento no País era de 29 mil quilômetros quadrados. Agora, segundo o INPE, o desmatamento é de 6.238 quilômetros quadrados. A queda no desmatamento foi de 11%, entre agosto de 2010 e julho de 2011, em relação a igual período do ano anterior. A presidente da CNA lembrou que o Brasil está muito próximo de cumprir a meta assumida pelo País durante a Conferência do Clima de Copenhague (COP-15), em 2009, de redução de 80% do desmatamento até 2020. “Nós estamos com 93% da nossa meta cumprida. A verdade veio à tona. Nós estamos a quase 100% do cumprimento da meta dez anos antes do prazo”, afirmou.

No plenário, a presidente da CNA também comemorou os números do Produto Interno Bruto (PIB), divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que indicam crescimento de 6,9% da agropecuária no terceiro trimestre de 2011, em comparação ao terceiro trimestre de 2010. De acordo com o IBGE, o setor agropecuário foi o destaque da economia nacional, com crescimento de 3,2%, enquanto a economia brasileira ficou praticamente estagnada no terceiro trimestre de 2011, em relação ao segundo. “Este agronegócio, tão agredido por alguns, foi o grande batalhador e o grande salvador do PIB nacional”, afirmou.

A senadora Kátia Abreu explicou que o resultado do PIB foi influenciado pela safra agrícola, de 163 milhões de toneladas em 2011, volume superior aos 140 milhões de toneladas colhidos em 2010. “Se não fosse o agronegócio, que é dos brasileiros, que é um patrimônio do Brasil construído nos últimos 40 anos, o resultado do PIB teria sido negativo”, afirmou. Apesar das boas notícias, a presidente da CNA demonstrou preocupação em relação ao índice de inflação, que subiu de 0,5%, em outubro, para 0,85%, em novembro.

Para a presidente da CNA, se forem atendidas as reivindicações de alguns ambientalistas, haverá redução da área ocupada com atividades agropecuárias, o que resultará em aumento no preço da comida. Segundo a senadora Kátia Abreu, alguns grupos querem o plantio de 80 milhões de hectares com árvores, resultando em perda de US$ 100 bilhões do Valor Bruto da Produção (VBP). “Isso significa toda a área de fibras, grãos, café, cana e floresta plantada. Nós não temos condições éticas e morais de tomar uma decisão dessas num País em que mais de 19 milhões de pessoas passam fome. Nós não podemos ajudar a aumentar a inflação”, afirmou.

No plenário, a senadora Kátia Abreu defendeu a votação do projeto do novo Código Florestal e lembrou que a nova lei ambiental proporcionará a recomposição de 30 milhões de hectares de terra, reduzindo a área de plantio, que hoje é de 236 milhões de hectares. Destacou que a votação do Código Florestal brasileiro garantirá segurança jurídica aos produtores rurais, jogados na ilegalidade pela sucessão de mudanças promovidas desde 1965 na legislação ambiental.

Fonte; Canal do Produtor

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