sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Açude Cedro: a beleza dando lugar a tristeza

O Açude do Cedro localiza-se em Quixadá, Ceará. D. Pedro II, deu a ordem de construção, porém a realização deste foi feita pelos os primeiros Governos Republicanos do Brasil entre os anos de 1890 e 1906
O Açude do Cedro foi umas das primeiras grandes obras de combate à seca realizada pelo Governo Brasileiro. A ordem de construção foi dada por D. Pedro II em decorrência do grande impacto social provocado pela seca de 1877 – 1879.
O Governo Imperial solicitou ao engenheiro Ernesto Antônio Lassance Cunha e a outros técnicos estudos de meios para o combate aos efeitos das secas. Ficou então decidida a construção de barragens nos leitos dos rios para barrar as águas pluviais. o próprio Ernesto Cunha visitou diversos locais no interior da província e indicou o Boqueirão do Cedro como local selecionado. Em 1880, o engenheiro britânico Jules Jean Revy confirmou a indicação.
No ano de 1882 o primeiro projeto foi feito pelo próprio Jules Revy que coordenou a realização de obras preliminares, como a construção de uma estrada de acesso e a instalação das máquinas. Às vésperas do iníco das obras, ocorre a proclamação da república e a conseqüente retirada de Revy. Após modificações no projeto realizadas em 1889 pelo engenheiro Ulrico Mursa, da Comissão de Açudes e Irrigação(atualmente DNOCS), as obras foram finalmente iniciadas em 15 de novembro de 1890. Sua conclusão, após várias interrupções, foi em 1906 já sob coordenação do engenheiro Bernardo Piquet Carneiro, que assumiu a direção da construção em 1900.

O período entre o primeiro projeto e a inauguração foi de 25 anos e suas obras contaram, em grande parte, com o emprego de mão-de-obra dos flagelados da seca. Devido à sua importância histórica e sua beleza natural foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional(IPHAN) em 1977. (Wikipédia)

Situação atual do Cedro
Com capacidade para armazenar 125.694.000m³, o Cedro está atualmente com 0,2% da sua capacidade, poderíamos dizer seco, fato ocorrido apenas 4 vezes na sua centenária história,1930/1932/1950/1999.
Sua beleza arquitetônica, aliada a importância histórica e econômica, fazem com que o povo de Quixadá e de toda região, fique entristecido com a situação atual do reservatório. A esperança de todos, é que em 2017, a tristeza volte a dar lugar a beleza e o reservatório receba a recarga necessária, fazendo retornar a alegria de todos aqueles que tem o Cedro, como um dos principais cartões postais do sertão cearense.
Parede do Cedro e a famosa pedra Galinha Choca

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