Foto: Aléx Pimentel |
Assalto, invasão e roubo de rebanhos estão entre os crimes realizados na zona rural dos Municípios do Ceará
Roubo de rebanhos, de casas e violência no campo têm preocupado moradores da zona rural e gestores municipais de todo o Ceará. Antes, as únicas alternativas eram sair de sua propriedade, deixando para trás tudo o que construiram a vida inteira ou mesmo ficar por lá e ser vítima dos bandidos. Do pequeno ao grande produtor, sempre tem alguém que conta ter sido vítima de atos ilegais. "O ladrão de galinhas se transformou no ladrão de gado", afirmou Flávio Saboya, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec), instituição que tem articulado o Pacto de Cooperação da Agropecuária Cearense (Agropacto).
Para Saboya, é urgente que os Municípios se organizem para combater crimes no campo. "A insegurança no campo é silenciosa. Não chega a notícia na cidade, não existe espaço para repercussão e as pessoas têm receio porque eles reconhecem quem são os bandidos, mas, com medo da retaliação, não prosseguem com os processos". Para ele, a criação de disque denúncia poderia ser uma alternativa. "Um instrumento importante para combater a violência no campo é a ação do poder público fazendo acompanhamento das denúncias e a criação de um disque denúncia rural", complementou.
Ele sugere ainda que ações complementares devem ser tomadas para que o crime não tenha continuidade nas cidades. Além de evitar o roubo, deve-se evitar a venda e o consumo de produtos roubados.
O prefeito de Piquet Carneiro, Expedito José, conta que, durante o período de chuvas, as ações dos bandidos se intensificam naquele Município. Com uma população de 15 mil habitantes e metade destes moradores da zona rural, os casos de violência só têm crescido. "Tivemos um último caso, onde um produtor rural teve todo o seu rebanho levado por assaltantes. Só não perdeu tudo porque a Polícia acompanhou o caso e conseguiu recuperar o rebanho já em Quixeramobim", contou.
Ele defende que os Municípios menores, como é o caso de Piquet Carneiro, se reúnam para elaborar um consórcio para serem beneficiados pelo Programa Ronda do Quarteirão.
Em Quixadá
De acordo com o subcomandante do 11º Batalhão Policial Militar (BPM) provisório, sediado em Quixadá, capitão Sousa Silva, o comando regional, responsável por 11 Municípios do Sertão Central, utiliza rondas rotineiras como estratégia para combate aos assaltos e furtos nas zonas rurais. Todavia, para evitar a ação dos criminosos, a corporação enfrenta dificuldades. Além do efetivo insuficiente para cobrir toda a área, a maioria das viaturas apresentam condições limitadas para tráfego. "Com muito esforço, a situação está sob controle, mas há risco para quem mora nas fazendas", reconhece.
Atualmente, a Polícia Civil de Quixadá investiga o furto de uma ordenha mecânica na Fazenda Sitiá. A propriedade rural fica situada à margem da CE-060, a pouco mais de 15Km do Centro de Quixadá. Os malfeitores invadiram o curral na madrugada, tangeram a melhor vaca leiteira e abateram o animal na beira de uma estrada carroçável. Deixaram apenas o couro e o fato do animal.
"O prejuízo é estimado em mais de R$ 30 mil", avalia o advogado Juvenal Furtado. A propriedade pertence à família dele. Teve sorte porque, raramente, pernoita lá com a esposa e parentes. Ele não esconde a preocupação com as investidas dos assaltantes.
Com experiência de 20 anos na área policial, o investigador Erismar Granja se depara constantemente com o medo dos fazendeiros, de pequenas e grandes propriedades. Para ele, parte dos problemas pode ser resolvida com algumas ações rotineiras. Afastar os animais da beira das estradas; manter disponível aparelhos para comunicação, como celulares e rádios, entre outras alternativas.
Para Saboya, é urgente que os Municípios se organizem para combater crimes no campo. "A insegurança no campo é silenciosa. Não chega a notícia na cidade, não existe espaço para repercussão e as pessoas têm receio porque eles reconhecem quem são os bandidos, mas, com medo da retaliação, não prosseguem com os processos". Para ele, a criação de disque denúncia poderia ser uma alternativa. "Um instrumento importante para combater a violência no campo é a ação do poder público fazendo acompanhamento das denúncias e a criação de um disque denúncia rural", complementou.
Ele sugere ainda que ações complementares devem ser tomadas para que o crime não tenha continuidade nas cidades. Além de evitar o roubo, deve-se evitar a venda e o consumo de produtos roubados.
O prefeito de Piquet Carneiro, Expedito José, conta que, durante o período de chuvas, as ações dos bandidos se intensificam naquele Município. Com uma população de 15 mil habitantes e metade destes moradores da zona rural, os casos de violência só têm crescido. "Tivemos um último caso, onde um produtor rural teve todo o seu rebanho levado por assaltantes. Só não perdeu tudo porque a Polícia acompanhou o caso e conseguiu recuperar o rebanho já em Quixeramobim", contou.
Ele defende que os Municípios menores, como é o caso de Piquet Carneiro, se reúnam para elaborar um consórcio para serem beneficiados pelo Programa Ronda do Quarteirão.
Em Quixadá
De acordo com o subcomandante do 11º Batalhão Policial Militar (BPM) provisório, sediado em Quixadá, capitão Sousa Silva, o comando regional, responsável por 11 Municípios do Sertão Central, utiliza rondas rotineiras como estratégia para combate aos assaltos e furtos nas zonas rurais. Todavia, para evitar a ação dos criminosos, a corporação enfrenta dificuldades. Além do efetivo insuficiente para cobrir toda a área, a maioria das viaturas apresentam condições limitadas para tráfego. "Com muito esforço, a situação está sob controle, mas há risco para quem mora nas fazendas", reconhece.
Atualmente, a Polícia Civil de Quixadá investiga o furto de uma ordenha mecânica na Fazenda Sitiá. A propriedade rural fica situada à margem da CE-060, a pouco mais de 15Km do Centro de Quixadá. Os malfeitores invadiram o curral na madrugada, tangeram a melhor vaca leiteira e abateram o animal na beira de uma estrada carroçável. Deixaram apenas o couro e o fato do animal.
"O prejuízo é estimado em mais de R$ 30 mil", avalia o advogado Juvenal Furtado. A propriedade pertence à família dele. Teve sorte porque, raramente, pernoita lá com a esposa e parentes. Ele não esconde a preocupação com as investidas dos assaltantes.
Com experiência de 20 anos na área policial, o investigador Erismar Granja se depara constantemente com o medo dos fazendeiros, de pequenas e grandes propriedades. Para ele, parte dos problemas pode ser resolvida com algumas ações rotineiras. Afastar os animais da beira das estradas; manter disponível aparelhos para comunicação, como celulares e rádios, entre outras alternativas.
Fonte: Jornal Diário do Nordeste
Nenhum comentário:
Postar um comentário