Expansão cearense foi de 4,7%. Setor agrícola cresceu 26% e a indústria se elevou 1,2%
O Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará fechou o primeiro trimestre deste ano com 4,7% de expansão contra 4,2% do País. Dentre os setores, apenas a agropecuária apresentou um crescimento expressivo de 26% sobre uma base negativa no primeiro trimestre de 2010 (-1,6%). Os números foram divulgados ontem pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece). A expectativa nacional é de fechar o ano com expansão de 4% do PIB. No Estado, a previsão inicial é de 4,5%.
O crescimento foi explicado principalmente pelo período chuvoso favorável à safra de grãos e a fruticultura. “Historicamente é uma atividade muito irregular que depende do desempenho climático”, destacou o diretor geral do Ipece, Flávio Ataliba.
O setor ainda é muito dependente das chuvas e pouco utiliza a irrigação. Cerca de 90% da safra de feijão provem da agricultura familiar, segundo o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará (Faec), Flávio Saboya. O grão obteve uma expansão de 254,5% no trimestre. O milho se expandiu 493,5%.
O Governo do Estado atribui a expansão também a políticas públicas como o programa Hora de Plantar, que distribuiu 4,2 mil toneladas de sementes entre o final de 2010 e começo de 2011 com R$ 18 milhões de recursos por ano.
Além disso, o projeto São José, que pretende ampliar o abastecimento de água no Ceará, deverá receber US$ 300 milhões em financiamento do Banco Mundial para beneficiar 100 mil famílias cearenses. “Há várias políticas para melhorar a produtividade da agricultura familiar”, destacou o titular da secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA), Nelson Martins.
Contrariando a expansão da agropecuária, a indústria apresentou no primeiro trimestre uma desaceleração no crescimento, com 1,2% de expansão. O resultado foi decorrente de vários fatores.
(Com informações do Caderno de Economia do Jornal O Povo)
(Com informações do Caderno de Economia do Jornal O Povo)
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