quarta-feira, 20 de junho de 2012

Banco do Nordeste muda diretoria após queda de presidente e gestor de desenvolvimento

Após o presidente do Banco do Nordeste (BNB), Jurandir Santiago, deixar o cargo; e de José Sydrião de Alencar Júnior, diretor de Gestão de Desenvolvimento da instituição, ser exonerado do Banco, nesta quarta-feira (20), o Conselho de Administração do BNB decidiu reformular sua diretoria e nomear Paulo Sérgio Rebouças Ferraro como presidente interino da instituição.

O novo mandatário do Banco do Nordeste ocupa a função de diretor de Negócios e irá acumular provisoriamente os dois cargos. O Conselho decidiu substituir os diretores Isidro Moraes de Siqueira e José Sydrião de Alencar Júnior e transferir o diretor Stélio Gama Lyra Júnior da Diretoria Administrativa e de Tecnologia da Informação para a Diretoria de Gestão do Desenvolvimento.

Outra mudança ocorre na Diretoria Administrativa e de Tecnologia da Informação, que passará ao comando de Nelson Antônio de Souza. Manoel Lucena dos Santos será responsável pela Diretoria de Controle e Risco.

Crise na presidência
A situação de Jurandir Santiago se complicou após seu nome ser incluído como réu na denúncia-crime que havia sido feita contra o prefeito do município de Ipu, Sávio Pontes.

A ação trata das irregularidades em dois convênios firmados em 2009 entre a Secretaria de Cidades, que à época era comandada interinamente por Santiago, e a Prefeitura de Ipu para a construção de 2.108 kits sanitários.

Para o deputado federal Eudes Xavier (PT-CE), a queda de Jurandir Alencar é natural e compreensível, além de servir para tentar livrar o BNB deste escândalo.

"Por conta das denúncias contra o presidente do Banco do Nordeste, a saída dele (Jurandir Santiago) acaba sendo um processo natural. Jurandir terá que se defender e o Banco tem que preservar sua imagem e credibilidade, algo que não aconteceria com a manutenção da presidência", avaliou o deputado.

Nova baixa
Durante a tarde, o segundo nome a cair no BNB foi o do diretor de Gestão do Desenvolvimento, José Sydrião de Alencar Júnior, que teve seu nome envolvido em uma série de denúncias feitas pelo ex-chefe de Gabinete do Banco do Nordeste, Robério Gress.

Ambos têm nomes ligados a uma investigação da Polícia Federal, que apura o desvio de mais de R$ 100 milhões do Banco do Nordeste.

Para Eudes Xavier, a manutenção de Alencar era impensável, uma vez que ele está com a "imagem fragilizada depois das denúncias do ex-chefe de gabinete e faz sentido pelo o que vem sendo apurado".

Eudes ainda ressalta que espera que "as mudanças no Banco do Nordeste sejam técnicas e não políticas".

"O BNB tem uma importância ímpar para o povo e economia do Nordeste. O Banco deve ter seua imagem preservada e deve retomar sua credibilidade, uma vez que é fundamental devido aos seus programas de combate a estiagem e a pobreza na região", finalizou.

Fonte: Jornal Diário do Nordeste

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