terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Ceará realiza o primeiro transplante de medula óssea com doador

Paciente tem 29 anos e foi diagnosticado com leucemia grave aguda, transplante foi realizado no Hospital Universitário Walter Cantídio

Médicos Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), em parceria com o Centro de Hematologia e Hemoterapia (Hemoce), realizaram nesta terça-feira (11) o primeiro transplante de medula alogênico do Ceará. O transplante alogênico é aquele em que o paciente recebe medula óssea de um doador, que pode ser parente ou não do paciente. Com duração de 30 minutos, o transplante foi realizado em um paciente e 29 anos de Tabuleiro do Norte, diagnosticado com leucemia aguda grave.

O transplante de medula é um tratamento que pode beneficiar pacientes com doenças em diferentes estágios, como leucemias, linfomas, anemias graves, hemoglobinopatias, imunodeficiências congênitas, erros inatos de metabolismo, mieloma múltiplo e doenças autoimunes. O procedimento consiste em substituir uma medula óssea deficiente por células normais de medula óssea, com a finalidade de reconstituir uma medula saudável.


Seis pacientes aguardam doação de medula compatível. Cerca de 25% dos pacientes têm a chance de encontrar um doador compatível entre irmãos. Caso não seja encontrado entre familiares, procura-se no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). A chance de encontrar alguém compatível é de 1 a cada 100 mil pessoas.


De acordo com Fernando Barroso, médico hematologista e chefe da equipe de transplante de medula do Hemoce, “o transplante é resultado de 14 anos de luta”. Desde setembro de 2008 o Hemoce, em parceria com o Hospital Universitário, realizam transplantes de medula autólogo, onde o paciente recebe suas próprias células sadias. Ao todo, 128 procedimentos foram realizados até agora.

O transplante de medula alogênico no Ceará foi autorizado em outubro de 2013, pelo Ministério da Saúde. Com a realização desse tipo de transplante, não haverá mais a necessidade de encaminhar pacientes para fazer o tranplante em outros estados, como São Paulo, Santa Catarina e Rio de Janeiro.

(G1-CE)

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