A denúncia partiu do Ministério Público com acusação de improbidade administrativa e quebra de decoro parlamentar.
A Câmara Municipal de Quixeramobim, no Sertão Central cearense, votou relatório elaborado pela comissão encarregada de investigar denúncias de improbidade administrativa e quebra de decoro parlamentar contra o então vereador, vice-presidente do legislativo e inspetor de Polícia Civil, José Cláudio Nogueira. O mesmo é acusado pelo Ministério Público de facilitar a soltura de dois presos.
A sindicância teve inicio às 9h da manhã da sexta-feira,10, e se estendeu durante todo o dia. Presentes no plenário a família, amigos e colegas de trabalho de Cláudio Nogueira, além de imprensa e público em geral. A princípio o vereador e relator da comissão, Everardo André de Sousa Júnior, fez a leitura do relatório, resultado de meses de investigação, no qual foram transcritos todos os depoimentos colhidos. A leitura do documento se delongou por toda a manhã e início da tarde. Logo após, o Presidente da Câmara, Dr. Carlos Roberto Mota Almeida, abriu espaço para o pronunciamento dos vereadores. O único a fazer uso da palavra foi o ex-secretário de saúde, Neto Nogueira, que se posicionou a favor do colega e declarou que tais acusações deveriam ser julgadas apenas pela Corregedoria de Polícia Civil, considerando que o acontecido nada tem a ver com as atividades parlamentares de Cláudio. Neto disse ainda não ter visto nenhuma ação que possa ser considerada como improbidade administrativa ou falta de decoro.
Não havendo mais pronunciamento de vereadores, o presidente convidou a defesa para suas explanações, que deveriam ter, no máximo, duas horas de duração. A advogada do acusado, Dra. Aurineide Cavalcante, fez a defesa baseada no argumento de que houve exagero por parte do Ministério Público. Após argumentação da defesa, Cláudio Nogueira fez uso da palavra, agradecendo à Comissão Investigatória pela lisura como conduziu os trabalhos. O mesmo também fez um histórico de sua vida profissional, tendo no currículo quatro mandatos como vereador e 25 anos de Polícia Civil, atuando em Quixadá e Quixeramobim. Indignado, criticou o Ministério Público por acusações, segundo ele, infundaveis.
Votação
Depois de cumprido todo o protocolo da sindicância, Dr. Carlos explicou sobre a votação e convocou cada um dos vereadores para a urna.
Com 7 votos à 2, Cláudio Nogueira teve seu mandato cassado por improbidade administrativa e quebra de decoro parlamentar.
Fonte: Revista Central
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