A pesquisa, feita entre 1989 e 2010, foi divulgada hoje (28) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e é baseada em levantamento com 1,8 mil pessoas em Porto Alegre, no Rio de Janeiro e em São Paulo. A pesquisa mostrou que a maioria da população é a favor de medidas ainda mais rigorosas contra o fumo.
Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) mostram que cerca de 90% dos casos de câncer de pulmão, o mais comum de todos os tumores malignos, estão relacionados ao tabagismo. A instituição estima que em 2012 foram diagnosticados mais de 27 mil novos casos da doença, considerada “altamente letal”.
A Fundação do Câncer também lançou campanha em combate ao tabaco.
Intitulada “E aí governo?”, que começou no dia 23 e vai até o dia 31, a
campanha a opinião de internautas que cobraram políticas eficazes para
reduzir o consumo de produtos derivados de tabaco por meio das redes
sociais.
Para Celso Ruggeiro, diretor executivo da fundação, a regulamentação da Lei Antifumo e a criação de uma lei que proíba aditivos em cigarros, tema hoje tratado por resolução da Anvisa, são os principais pontos a serem tratados durante a campanha.
A regulamentação da Lei Antifumo (Lei 12.546 de 2011) é um dos
principais temas abordados pelos especialistas. Sancionada em dezembro
de 2011, a lei proíbe a propaganda em pontos de venda de cigarros, como
padarias e lanchonetes, e também proíbe o fumo em ambientes fechados. No
entanto, de acordo com Ruggeiro, por não ter regulamentação, a lei
ainda não é cumprida em todo o Brasil.
De acordo com a Fundação do Câncer, cerca de 15% da população
brasileira são fumantes. Para Roberto Gil, membro do Serviço de
Oncologia Clínica do Instituto Nacional do Câncer, se o cigarro fosse
eliminado, cerca de 50% dos tipos de câncer que existem seriam
eliminados.
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