Agricultores que obtiveram crédito rural junto a programas de financiamento do Governo Federal estão tendo dificuldades para quitar a dívida por conta da seca que atinge o Ceará. A situação foi tema de audiência pública na Comissão de Agropecuária da Assembleia Legislativa, na tarde da última terça-feira (23/06).
O deputado Elmano de Freitas, autor do requerimento que solicitou o debate, ressaltou que é importante pensar as estratégias para que os produtores rurais não tenham o mesmo sofrimento de anos anteriores, também de seca no Estado. Presidente da Comissão de Agropecuária da AL, o deputado Moisés Braz (PT), citou a importância da agricultura e do meio rural para o desenvolvimento da economia do Ceará. “Vamos trazer os trabalhadores que têm dívidas e tem prazos vencendo para que façam uma boa negociação”, disse o parlamentar.
Edvaldo Santos Brito, da Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará (Faec), citou que uma das propostas da lei 12.844/2013, é a de conceder desconto de até 85% para valores financiados em até R$ 100 mil. “Apesar dos mutirões em municípios para conscientizar o produtor que é uma oportunidade única para quitar dívidas, não estamos tendo sucesso. Isto porque estamos no quarto ano consecutivo de estiagem e os produtores perderam seus rebanhos”, explicou.
O superintendente do Banco do Nordeste, João Robério, se comprometeu a renegociar dívidas dos produtores rurais, estendendo o prazo para quitação do débito. “O banco tem procurado melhorar o processo de concessão de crédito e renegociação das dívidas. Realizamos diversos mutirões e temos equipes treinadas”, afirmou. De acordo com João Robério, 77% de todo o crédito disponibilizado ao produtor rural do Ceará é concedido pelo Banco do Nordeste. Ainda segundo ele, 12.400 operações relacionadas à agricultura familiar já foram regularizadas no Ceará, o que representa R$ 52,1 milhões, aproximadamente.
Também participaram da audiência o deputado Carlos Matos (PSDB), vice presidente da Comissão de Agropecuária; o ex-presidente da Faec, José Ramos Torres de Melo e o chefe da divisão de desenvolvimento do Incra, Marcos Cândido.
(Com informações do portal da AL-CE)
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