Dez municípios cearenses vão receber programas-piloto, a partir de agosto, com ações de prevenção ao uso de drogas, tratamento e reinserção social. A informação é da secretária Especial de Políticas Sobre Drogas, Mirian Sobreira. Caucaia, Juazeiro do Norte, Barbalha, Iguatu, Quixeramobim, Crateús, Sobral, Tianguá, Camocim e Aracati são as cidades selecionadas.
As informações da secretária foram repassadas, na manhã de ontem, durante passeio ciclístico que encerrou a III Semana Municipal sobre Drogas. Foram aproximadamente 12 quilômetros percorridos entre o Cocó e a Beira Mar. “O acolhimento vai da gestante usuária de droga até o idoso, priorizando a juventude. Vamos ter um programa do Governo Federal que vai para quem está no ensino fundamental e o Estado está assumindo o ensino médio e aqueles jovens que não estão na escola e no trabalho”, explica.
A titular da pasta adianta que um projeto de lei que determina que de 2% a 5% das vagas em obras públicas do Estado sejam para ex-usuários de drogas será encaminhado para a Assembleia Legislativa. “Teremos que capacitar essas pessoas enquanto estão em treinamento”.
À frente do cargo há pouco mais de três meses, a secretária afirma ainda que o planejamento da pasta inclui aumentar o número de leitos de desintoxicação. “Estamos fazendo levantamentos e, dentro da necessidade, vamos buscar apoio nos hospitais públicos do Estado”.
A meta na gestão é implantar oito casas de acolhimento com Centros de Referência sobre Drogas (CRD) no Interior. “O grande desafio é a interiorização. A droga está em todas as cidades do Ceará”. De acordo com o Observatório do Crack, mapeamento desenvolvido pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), essa droga está presente em 90% dos 154 municípios pesquisados no Estado - ou seja, 139 cidades apresentaram circulação do crack. Em pelo menos 30 delas, conforme a publicação, os problemas relacionados à droga estão avaliados em nível alto.
Fortaleza
A coordenadora especial de Políticas sobre Drogas de Fortaleza (CPDrogas), Juliana Sena, também participou da ação de ontem e lembrou que o perfil dos usuários na Capital indica serem, na maioria, homens entre 24 e 35 anos. “Grande parte busca ajuda em razão do uso de crack”, avalia. Ela ressalta que por meio do Centro Integrado de Referência sobre Drogas (0800 032 1472) é possível solicitar informação, orientação ou apoio.(O POVO)
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