Os 95 médicos estrangeiros que iniciaram nesta segunda-feira (26) o treinamento do programa Mais Médicos em Fortaleza foram hostilizados por cerca de 50 profissionais cearenses da área que faziam uma manifestação na entrada da Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP-CE),
no Meireles. O alvo do protesto era o grupo de 79 médicos de Cuba que
farão o curso. Na saída, os estrangeiros e as autoridades foram vaiadas,
xingadas e provocadas pelos manifestantes.
Com início do
protesto, as portas da ESP-CE foram fechadas. Apenas os participantes do
evento e a imprensa puderam entrar. A atitude revoltou os médicos
cearenses, que batiam nos vidros da entrada do local. “Estão nos
tratando como marginais”, disse o presidente do Sindicato dos Médicos do Ceará (Simec), José Maria Pontes. Com palavras de ordem, o grupo exigia que os estrangeiros fizessem o Revalida, exame destinado aos médicos que obtiveram diploma no exterior e querem atuar no Brasil.
Após
a solenidade de abertura do treinamento, todas as saídas da escola
foram cercadas, impedindo a saída dos participantes por cerca de uma
hora. A Polícia Militar solicitou que os médicos cearenses
liberassem a saída. O presidente do sindicato pediu para os colegas
formarem um corredor para vaiar os cubanos e as autoridades. “Os médicos
não são violentos. Vaia não é violência e eles vão receber a maior vaia
da vida deles”, disse José Maria Pontes.
Quando as portas
abriram, além da gritaria houve insultos aos estrangeiros, acusados de
virem ao Brasil para fazer um trabalho escravo. O secretário de Gestão
Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde, Odorico Monteiro, foi o mais vaiado e recebeu ofensas pessoais de alguns médicos cearenses.
(Com informações do jornal Diário do Nordeste)
Vamos Nós - Comportamento indigno para quem exerce missão tão sublime!
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