Cenário de guerra: homens e mulheres enfrentam policiais do BpChoque, ao tentarem entrar no Plenário da AL (Rodrigo Carvalho) |
Feridos são socorridos e protegidos em um canto mais tranquilo da Assembleia (Alex Costa) |
Para evitar a entrada dos manifestantes no Plenário 13 de Maio, policiais da Guarda Legislativa, com reforço de policiais do Batalhão de Choque, revidaram com rigor e teve início o conflito. Dois professores ficaram feridos e quatro foram detidos e liberados em seguida. Apesar da confusão e do apelo da categoria, a mensagem foi aprovada. Dos 40 deputados presentes na sessão, apenas quatro votaram contra.
Confronto
A mensagem já havia passado pelas Comissões Técnicas e estava pronta para ser votada, quando os professores, que desde a última quarta-feira estavam em vigília no Legislativo, três deles em greve de fome, tomaram conhecimento do fato. Indignados, tentaram impedir a votação e por pouco não conseguiram entrar no plenário.
A professora de educação especial, Mércia Pinheiro, 50 anos, estava aos prantos por ter sido empurrada por policiais do Batalhão de Choque. "É um absurdo policiais baterem em professores. Estão impedindo a nossa entrada na Casa do Povo".
O momento mais tenso foi às 10h, quando policiais e professores entraram em confronto direto. O cenário era de uma guerra.
De um lado estavam os policiais, que orientados pela presidência da Assembleia Legislativa criaram um bloqueio na entrada do Plenário, com objetivo de evitar a entrada dos manifestantes e proteger o patrimônio público. Do outro lado, professores grevistas que, a qualquer custo, queriam impedir a aprovação da mensagem.
De um lado estavam os policiais, que orientados pela presidência da Assembleia Legislativa criaram um bloqueio na entrada do Plenário, com objetivo de evitar a entrada dos manifestantes e proteger o patrimônio público. Do outro lado, professores grevistas que, a qualquer custo, queriam impedir a aprovação da mensagem.
Comandante da Guarda da AL, tenente-coronel Oscar Pimentel mostra faca encontrada com grevista (Alex Costa) |
Enquanto o confronto acontecia, a sessão legislativa seguia normalmente. Cerca de uma hora depois, os ânimos se acalmaram e os professores acompanharam pelos televisores, no hall do prédio, o pronunciamento dos parlamentares.
Bastou o presidente da Casa, Roberto Cláudio, anunciar que a mensagem seria votada, para manifestantes e policiais novamente entrarem em confronto. Mais policiais do Batalhão de Choque chegaram para reforçar a segurança e, dessa vez, utilizaram spray de pimenta, causando um mal-estar geral.
Professores, policiais e profissionais da imprensa tossiam sem parar. O efeito do spray impedia que qualquer pessoa permanecesse naquele ambiente por muito tempo. Com isso, os manifestantes se dispersaram. Um estudante de 15 anos passou mal por causa do produto. Amigos e professores não falaram o nome da escola em que o adolescente estuda.
Nenhum comentário:
Postar um comentário