Estratégias futuras para melhorar a saúde cardíaca do bebê podem começar nas primeiras semanas de gravidez |
Fetos que se desenvolvem abaixo do esperado no primeiro trimestre de gravidez podem ter maior risco de desenvolver problemas cardíacos no futuro. A descoberta, inédita, foi publicada no periódico British Medical Journal nesta sexta-feira 24.
Nos primeiros três meses de gestação, chamada fase embrionária, o coração e outros órgãos importantes começam a ser formados. Pesquisadores da Escola de Saúde da Universidade Erasmus, na Holanda, decidiram examinar se o baixo peso do feto nesse período estaria associado a um maior risco de problemas cardiovasculares na infância.
Crianças que tinham baixo peso nas primeiras semanas de gestação apresentaram mais marcadores de risco para problemas cardiovasculares aos seis anos.
O estudo comparou o peso de 1.184 crianças holandesas no primeiro ultrassom (dez a treze semanas de gestação) com marcadores de risco cardiovascular quando elas tinham seis anos (índice de massa corpórea, percentual de gordura, nível de pressão arterial, taxa de colesterol e de insulina). Foram levados em conta também fatores relativos à mãe, como idade, etnia, escolaridade, tabagismo, índice de massa corpórea e de pressão sanguínea.
Os pesquisadores dividiram os fetos em cinco grupos, pelos tamanhos. Comparados com os maiores fetos, os menores, aos seis anos de idade, tinham consideravelmente mais gordura corporal e abdominal, além de uma maior pressão sanguínea diastólica e uma taxa de colesterol desfavorável.
Segundo os cientistas, é possível que algumas associações sejam uma coincidência, mas sugerem que o primeiro trimestre de gravidez pode ser crítico para o desenvolvimento do sistema cardiovascular e metabólico. "Estratégias futuras para melhorar a saúde cardiovascular podem começar no início da gravidez ou mesmo antes", concluem.
(Veja)
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