O
Conselho Monetário Nacional (CMN) anunciou no último dia 18, decreto que
prorroga por dez anos, as dívidas de agricultores afetados pela
seca
A
decisão vale para as parcelas vencendo em 2012, 2013 e 2014, fazendo
com que o pagamento do valor refinanciado comece em 2015 para produtores
em geral e em 2016 para agricultores familiares. A flexibilização foi
anunciada pela presidente Dilma Rousseff. Segundo o secretário adjunto
de Política Econômica do Ministério da Fazenda, João Rabelo, o custo
para o Tesouro Nacional será de R$ 2,1 bilhões.
Os
agricultores familiares terão um desconto de 80% do total devido, além
do direito de renegociarem as parcelas referentes aos três anos, caso
quitem em dia as prestações do refinanciamento. De acordo com João
Rabelo, a decisão de marcar o início da quitação para os anos de 2015 e
2016, tem por objetivo dar um período maior de tempo aos produtores
rurais, para recomporem as perdas com a estiagem prolongada que os está
prejudicando, desde o ano passado.
RECURSOS
Uma terceira resolução publicada pelo CMN autoriza os agricultores da
região Nordeste a renegociar dívidas contratadas até 2006, utilizando
recursos do Fundo Constitucional do Nordeste (FNE) e do Fundo
Constitucional do Norte (FNO). A taxa de juros do refinanciamento será
4,12% ao ano, mas pode cair para 3,5%, graças a um bônus de adimplência
de 15%. Além disso, foi retirada a obrigatoriedade de entrada para os
financiamentos. A resolução concedeu, ainda, outro bônus de adimplência
de 15% sobre a parcela, além do concedido sobre os juros.
Tais
medidas foram adotadas porque a seca que vem castigando o Nordeste
brasileiro já está sendo apontada como a pior dos últimos 50 anos.
Praticamente a totalidade dos estados nordestinos estão com a capacidade
de seus reservatórios de água muito baixa, com exceção do Ceará, que
ainda está com um nível médio de 40%. As chuvas que estão caindo, desde o
Dia de São José, praticamente não alteraram esta situação, pois não
existe uma constância. Enquanto isso, a morte de suas criações é um dos
flagelos que mais afligem o homem do campo.
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