Previsão
é resultado da soma do que é estimado pelo Banco do Brasil e Banco do Nordeste
Após um 2012 marcado pela maior estiagem dos últimos 30 anos, os agricultores do Ceará devem receber, neste ano, pelo menos, R$ 599,2 milhões em crédito rural, através de aplicações do Banco do Nordeste e do Banco do Brasil, de acordo com estimativas das próprias instituições financeiras.
Do montante, cerca de R$ 394,2 milhões são do primeiro banco e R$ 205 milhões do segundo (crescimento de 75% sobre 2012, quando R$ 117,2 milhões foram aplicados pelo BB). No BNB, o valor referente ao ano passado só está disponível até novembro: R$ 436 milhões.
"Houve um aumento do ano passado para cá porque nós estamos aguardando que, em 2013, as chuvas voltem às suas condições normais, para que, assim, possamos financiar mais", explicou Paulo Sucupira, gerente de agronegócio do Banco do Brasil no Ceará. Ele disse ainda que, no início de 2012, a previsão para aquele ano era de R$ 250 milhões, e, por conta da estiagem, teve que ser reduzida ao longo do ano.
De acordo com Sucupira, a agricultura irrigada será o foco das aplicações de crédito rural do BB, neste ano. "Nós ficaremos satisfeitos se, pelo menos, metade desse valor tiver, como destino, agricultores que trabalham com irrigação", contou. "Em uma parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA), pretendemos concentrar nossas ações nos perímetros irrigados de cada uma das oito macrorregiões do Estado", afirmou o gerente de agronegócios.
Ele aproveitou ainda para criticar a agricultura "sequeira" (que depende das chuvas, por não utilizar irrigação). "Existem linhas de financiamento que permitem a qualquer agricultor, de qualquer faixa de renda, adquirir equipamentos que possibilitam a utilização da técnica. Nós precisamos mudar essa cultura de depender sempre das chuvas, porque nunca se sabe como o ano vai ser", argumentou.
No que se refere ao Banco do Nordeste, a verba de 2013 está dividida da seguinte forma: R$ 102 milhões para agricultura, R$ 275 milhões para pecuária e R$ 17,2 milhões para agroindústria. "No entanto, esses números ainda não estão consolidados. Os valores definitivos e seus destinos só serão conhecidos quando o Conselho Deliberativo da Sudene se reunir, ainda neste primeiro trimestre do ano, mas é claro que daremos preferência para as famílias das zonas de semiárido", afirmou o superintendente estadual em exercício do BNB no Ceará, Marcílio Morais Silva. "Grande parte dessas aplicações vão vir do FNE (Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste) e do FNE-Seca, fundo que foi criado no ano passado, especificamente para a estiagem, e que foi prorrogado para 2013", disse.
Inadimplência
Em 2012, o BB no Ceará registrou que 1,88% dos beneficiados com financiamentos na agricultura familiar (Pronaf) ainda não se acertaram com o banco, o que representa a 2º mais baixa do Nordeste, e 0,39% nos demais negócios agrícolas. "Enquanto esssa taxa estiver abaixo de 2%, nós consideramos aceitável", disse Sucupira. De acordo com ele, os endividados têm até o próximo dia 28 de junho para renegociar suas dívidas. Entre as condições de renegociação, está a redução superior a 30% na renda, em decorrência da estiagem comprovada por meio de laudo técnico individual.
No BNB, o percentual, também até novembro, é de 4,31%. Eventuais renegociações de dívidas estão previstas no próprio fundo de financiamento.
Água
Em 2013, através do Programa Água para Todos, o BB investirá na Região Nordeste e no Norte de Minas Gerais e Espírito Santo, R$ 120 milhões, beneficiando 750 mil famílias de baixa renda, situadas nas zonas rurais. O investimento prevê a construção de cisternas de placas, uma tecnologia popular para a captação de água da chuva.
Com capacidade para 16 mil litros de água, a cisterna supre a necessidade de consumo de uma família de cinco pessoas por um período de estiagem de oito meses. O Ceará é o estado que receberá o maior número de cisternas. Serão construídas 12.824 cisternas até maio de 2013, o que corresponde a 21% do investimento do BB na região. Até agora, já foram construídas 4.300 de placas.
(Diário do Nordeste)
Após um 2012 marcado pela maior estiagem dos últimos 30 anos, os agricultores do Ceará devem receber, neste ano, pelo menos, R$ 599,2 milhões em crédito rural, através de aplicações do Banco do Nordeste e do Banco do Brasil, de acordo com estimativas das próprias instituições financeiras.
Do montante, cerca de R$ 394,2 milhões são do primeiro banco e R$ 205 milhões do segundo (crescimento de 75% sobre 2012, quando R$ 117,2 milhões foram aplicados pelo BB). No BNB, o valor referente ao ano passado só está disponível até novembro: R$ 436 milhões.
"Houve um aumento do ano passado para cá porque nós estamos aguardando que, em 2013, as chuvas voltem às suas condições normais, para que, assim, possamos financiar mais", explicou Paulo Sucupira, gerente de agronegócio do Banco do Brasil no Ceará. Ele disse ainda que, no início de 2012, a previsão para aquele ano era de R$ 250 milhões, e, por conta da estiagem, teve que ser reduzida ao longo do ano.
De acordo com Sucupira, a agricultura irrigada será o foco das aplicações de crédito rural do BB, neste ano. "Nós ficaremos satisfeitos se, pelo menos, metade desse valor tiver, como destino, agricultores que trabalham com irrigação", contou. "Em uma parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA), pretendemos concentrar nossas ações nos perímetros irrigados de cada uma das oito macrorregiões do Estado", afirmou o gerente de agronegócios.
Ele aproveitou ainda para criticar a agricultura "sequeira" (que depende das chuvas, por não utilizar irrigação). "Existem linhas de financiamento que permitem a qualquer agricultor, de qualquer faixa de renda, adquirir equipamentos que possibilitam a utilização da técnica. Nós precisamos mudar essa cultura de depender sempre das chuvas, porque nunca se sabe como o ano vai ser", argumentou.
No que se refere ao Banco do Nordeste, a verba de 2013 está dividida da seguinte forma: R$ 102 milhões para agricultura, R$ 275 milhões para pecuária e R$ 17,2 milhões para agroindústria. "No entanto, esses números ainda não estão consolidados. Os valores definitivos e seus destinos só serão conhecidos quando o Conselho Deliberativo da Sudene se reunir, ainda neste primeiro trimestre do ano, mas é claro que daremos preferência para as famílias das zonas de semiárido", afirmou o superintendente estadual em exercício do BNB no Ceará, Marcílio Morais Silva. "Grande parte dessas aplicações vão vir do FNE (Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste) e do FNE-Seca, fundo que foi criado no ano passado, especificamente para a estiagem, e que foi prorrogado para 2013", disse.
Inadimplência
Em 2012, o BB no Ceará registrou que 1,88% dos beneficiados com financiamentos na agricultura familiar (Pronaf) ainda não se acertaram com o banco, o que representa a 2º mais baixa do Nordeste, e 0,39% nos demais negócios agrícolas. "Enquanto esssa taxa estiver abaixo de 2%, nós consideramos aceitável", disse Sucupira. De acordo com ele, os endividados têm até o próximo dia 28 de junho para renegociar suas dívidas. Entre as condições de renegociação, está a redução superior a 30% na renda, em decorrência da estiagem comprovada por meio de laudo técnico individual.
No BNB, o percentual, também até novembro, é de 4,31%. Eventuais renegociações de dívidas estão previstas no próprio fundo de financiamento.
Água
Em 2013, através do Programa Água para Todos, o BB investirá na Região Nordeste e no Norte de Minas Gerais e Espírito Santo, R$ 120 milhões, beneficiando 750 mil famílias de baixa renda, situadas nas zonas rurais. O investimento prevê a construção de cisternas de placas, uma tecnologia popular para a captação de água da chuva.
Com capacidade para 16 mil litros de água, a cisterna supre a necessidade de consumo de uma família de cinco pessoas por um período de estiagem de oito meses. O Ceará é o estado que receberá o maior número de cisternas. Serão construídas 12.824 cisternas até maio de 2013, o que corresponde a 21% do investimento do BB na região. Até agora, já foram construídas 4.300 de placas.
(Diário do Nordeste)
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